Os meus últimos 20 minutos dos meus 20 anos
Na poesia dos adultos já em nada se expõe a fragilidade humana que nos molesta e consome o ser.
Somos simplesmente meros fantoches cerebrais que apenas falam do que é intelectualmente interessante. Nesta visão pragmática das coisas, os sentimentos dão lugar a palavras literariamente divertidas que não fazemos questão de sentir. Se as sentíssemos eram imperfeitas, logo perderiam o seu valor literário. Porque vivemos agora escravizados por uma idolatração social pensante e que não admite os delírios existenciais característicos daquela infantilidade atroz da adolescência. Porque overdoses ingratas de egocentrismo já não são adultamente brilhantes. O ego deu agora lugar a um narciso que se olha ao espelho embebido na evolução do seu intelecto e despreocupado com a emoção, que nada lhe diz.
Estamos pois, fatalmente condenados a este fascínio da condição da vida adulta.
Somos felizes por já não nos sentirmos presos a uma ingrata e entusiástica alucinação da consciência.
Os sentimentos são agora intelectualizados e por isso há que os tornar numa simulação genial de palavras socialmente perfeitas.
Estes foram os meus últimos 20 minutos com 20 anos, dos quais não resultou para meu alegre espanto, qualquer tipo de ficção ou especulação criativa.
Nestes últimos 20 minutos, escolhi não me simular de forma discreta num talento conscientemente camuflado e senti-me feliz por ainda ser capaz de sentir o que escrevo.
E daí talvez não….
Hehehe
Parabéns a mim! ;p
Somos simplesmente meros fantoches cerebrais que apenas falam do que é intelectualmente interessante. Nesta visão pragmática das coisas, os sentimentos dão lugar a palavras literariamente divertidas que não fazemos questão de sentir. Se as sentíssemos eram imperfeitas, logo perderiam o seu valor literário. Porque vivemos agora escravizados por uma idolatração social pensante e que não admite os delírios existenciais característicos daquela infantilidade atroz da adolescência. Porque overdoses ingratas de egocentrismo já não são adultamente brilhantes. O ego deu agora lugar a um narciso que se olha ao espelho embebido na evolução do seu intelecto e despreocupado com a emoção, que nada lhe diz.
Estamos pois, fatalmente condenados a este fascínio da condição da vida adulta.
Somos felizes por já não nos sentirmos presos a uma ingrata e entusiástica alucinação da consciência.
Os sentimentos são agora intelectualizados e por isso há que os tornar numa simulação genial de palavras socialmente perfeitas.
Estes foram os meus últimos 20 minutos com 20 anos, dos quais não resultou para meu alegre espanto, qualquer tipo de ficção ou especulação criativa.
Nestes últimos 20 minutos, escolhi não me simular de forma discreta num talento conscientemente camuflado e senti-me feliz por ainda ser capaz de sentir o que escrevo.
E daí talvez não….
Hehehe
Parabéns a mim! ;p
1 Comments:
Passo a vida a tentar compreender os sentimentos (meus e dos outros)... Mas nunca serei capaz de deixar de setir. Isso, para mim, é morrer. E se ser adulto é isso, então serei eternamente criança...
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