Thursday, February 15, 2007

A defesa do Poeta

É com um sorriso escarninho nos lábios que constato que as minhas palavras conseguem mesmo que não intencionalmente, atingir o objectivo a que a arte sempre se autopropôs; o de impressionar, escandalizar e neste caso incomodar as mentes alheias.

Seria de facto infinitamente mais frustrante, que o mundo as subjugasse ao abismo da indiferença e eu não tivesse por isso, a oportunidade de ser presenteada com comentários digamos que quase brilhantes, de fãs anónimos, que se divertem a reescreve-las de uma forma tão apaixonadamente sincera.

Neste caso, o assédio apesar de entusiasta e até um pouco enamorado, foi também a meu ver ligeiramente obsceno e perigoso, por isso tratemos desde já de domesticar a fera.

O texto que se segue é a minha humilde resposta a um distinto comentário dirigido ao post " se o malato não vai a meca então vai meca malato", carta de teor cómico e lascivo que resolvi escrever a uma figura televisiva com quem simpatizo.

Segue-se então a legítima e esperada defesa do poeta, que não se deixa derrotar pela sagacidade desumanamente humana dos pedintes, e satiriza assim como a Natália também um dia o fez, aqueles que ousam assassinar de forma leviana o expoente da sua própria individualidade criativa.

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